02 de Outubro de 2018
Governo da Indonésia autoriza saques em supermercados
Segundo
informações oficiais, mais de 800 pessoas morreram. No entanto, as autoridades
afirmam que esse balanço é provisório, já que centenas moradores continuam
desaparecidos e as equipes de ajuda não conseguiram chegam em várias partes da
ilha.
Diante dos
estragos provocados pelo terremoto de 7,5 de magnitude na sexta-feira (28), é
impossível desembarcar no aeroporto de Palu, a cidade mais afetada da região.
"Por enquanto as condições não permitem aterrissagens. Precisaremos de pelo
menos uma semana", declarou o presidente da Indonésia, Joko Widodo, durante uma
visita à cidade de 350 mil habitantes neste domingo (30). As esquipes de
socorro são obrigadas a usar pistas de pouso alternativas, como em Poso, a
cerca de 200km das zonas atingidas.
O trajeto entre
as duas cidades, que normalmente dura cinco horas, leva atualmente dez horas em
razão do êxodo em massa de moradores, que tentam abandonar a região.
Congestionamentos gigantescos se formam até mesmo em estradas nas montanhas. Em
Palu, o cenário é de destruição, com barcos no meio das ruas, após terem sido
arrastados pelo tsunami.
Saques serão reembolsados
Os moradores
continuam esperando ajuda e com a falta de comida e água potável, têm se
multiplicado o número de saques a supermercados e postos de gasolina. Diante da
situação, as autoridades locais anunciaram que os saqueadores não serão punidos
e que o governo vai reembolsar os comerciantes. "Pedimos aos distribuidores
Alfamart e Indomaret que deixem as pessoas pegarem as mercadorias", informou
por meio de um comunicado o ministro indonésio do Interior, Tjahjo Kumolo.
"Eles devem registrar tudo e nós pagaremos depois", prometeu.
Civis começaram a enterrar os mortos, muitos deles antes
mesmo da identificação dos corpos, temendo a propagação de doenças. O governo
também prevê sepultamentos coletivos.
Ainda não há
notícias das cidades de Sigi e Donggala, que tiveram as estradas de acesso
cortadas pela destruição. As autoridades temem que o balanço de vítimas fatais
aumente quando conseguirem chegar nas duas localidades. "Temos que agir rápido,
mas as condições atuais tornam tudo mais difícil", declarou o presidente
indonésio.