02 de Fevereiro de 2019

Tudo Up! entrevistou o Americanense Felipe Augusto, autor do gol que nem Pelé fez

O Americanense Felipe Augusto foi um dos assuntos mais comentados nesta semana. O meio-campista que defende o Kercem Ajax, time da Primeira Divisão do Campeonato da Ilha de Gozo, está com uma campanha nas redes sociais com a #FelipeAugustoNoPuskas para concorrer ao Prêmio Puskas, premiação organizada pela FIFA (Federação Internacional de Futebol) ao gol mais bonito do ano em todo o mundo. 

Felipe contou ao Tudo Up! as lembranças que tem de Americana, a repercussão do gol e muito mais. Confira! 


Ainda tem lembranças de Americana? Quais?

Tenho muita lembrança de Americana, sinto a falta e saudade dos meus amigos e familiares pelo fato de estar em um país diferente (Malta) e não fala a língua. Tenho a lembrança de quando era mais novo e meu avô me levava nas escolinhas de futebol da cidade para dar os primeiros chutes.

Ainda tem contato com amigos da cidade? Se sim, como é esse contato?

Ainda tenho contato com muita gente de Americana, meus amigos são os mesmos e converso com eles diariamente através da internet, WhatsApp. Graças a Deus tenho um vínculo de amizade muito bacana e isso tem me ajudado muito nesse momento que eu preciso dessa força para o pessoal subir a Hashtag da campanha nas redes sociais.

Como foi sua trajetória até chegar ao futebol de Malta?

Comecei muito cedo, ainda com 04 anos de idade em escolinhas de futebol em Americana, aos  13 anos sai de casa pela primeira vez em busca do meu sonho de ser jogador de futebol profissional. Fui para Santa Catarina em um clube de formação. Após esse período fui transferido para o Grêmio Barueri, em seguida Internacional/RS, ainda pela categoria sub-17 e  Grêmio Prudente já pelo sub-20, até me profissionalizar no Juventus-SP. Após a profissionalização passei por alguns clubes do interior de São Paulo, como: União São João, Presidente Prudente Futebol Clube e Grêmio Mauaense, nesse último fiz um campeonato muito bom e recebi o convite para defender as cores do Foz do Iguaçu, pela primeira divisão do campeonato Paranaense, onde tive uma maior visibilidade e recebi o convite para jogar em Malta.

Tentou alguma oportunidade no Rio Branco de Americana em algum momento?

Não, Nunca tentei nada no Rio Branco pelo fato de ter saído de casa logo aos 13 anos. Mas é um clube que eu tenho um carinho enorme por ser da cidade.

Como foi a ideia da campanha para que o gol chegue até o prêmio Puskas?

Quando eu fiz o gol eu fiquei muito feliz pelo fato de ser muito bonito e muito difícil de fazer, além de ser histórico para a minha carreira. Mas não tinha a noção que ele poderia chegar a tamanha proporção. Comentando com um amigo disse que iria postar o vídeo do gol e marcar algumas páginas relacionadas a futebol, mas em nenhum momento pensei que fosse tomar tamanha proporção. Logo após postar o vídeo fui vendo a repercussão e  pedindo para amigos e familiares compartilharem, até que chegou ao conhecimento do Globo Esporte, onde fizeram uma matéria muito bacana comigo e de lá pra cá minha vida mudou. Acabou o programa minhas redes sociais estavam lotadas, muita mensagem no celular, muita gente querendo me ajudar de alguma forma e estou muito feliz com esse carinho que venho recebendo.

Como está a aceitação da campanha?

A aceitação está sendo fantástica, o gol já repercutiu em vários lugares e estou muito pelo feliz pelo fato do público em geral ter abraçado a ideia de me ajudar a chegar até o Prêmio Puskás.

Como é ter esse reconhecimento repentino a nível mundial?

A minha ficha ainda não caiu desse reconhecimento mundial. Meu avô sempre dizia que o futebol é do dia para a noite e hoje estou vivendo essa frase dele, e um dia fui dormir anônimo e no outro o Brasil passou a me conhecer, me mandar mensagem, me seguir e o mais importante, torcer por mim. Tem hora que eu abro o celular e vejo as coisas e ainda não acredito, é algo que sempre sonhei e agora que chegou até eu não estou acreditando. Estou muito feliz e espero corresponder todo esse carinho que venho recebendo.

Quais os seus planos para o futuro?

Primeiramente quero manter os pés no chão e continuar com humildade. Dedicar-me, trabalhar forte para tentar ajudar a minha equipe a sair dessa situação complicada (O time de Felipe é lanterna do campeonato). É deixar nas mãos de Deus e torcer para que tudo possa dar certo, ainda não ganhei nada, mas espero que com a ajuda de todo mundo consiga realizar o meu sonho.

Saindo um pouco do futebol, como é a vida em Malta?

A vida em é muito boa, apesar de a remuneração ser baixa e ainda ter que mandar a maior parte para ajudar a família e tentar fazer algumas economias. Em Malta a  educação é algo surreal, total segurança e um baixo custo de vida para se viver. Sem contar na beleza que o país proporciona.

 Deixa uma mensagem para os internautas do "Tudo Up".

Primeiramente quero agradecer ao que venho recebendo carinho de todos, a cada um que tem compartilhado a ideia de me ajudar para que o meu gol chegue até o premio Puskás, se não fosse essa ajuda não estaria com esse sonho vivo.

Queria pedir para continuarem me ajudando subindo a #FelipeAugustoNoPuskas nas redes sociais, vamos fazer esse gol chegar até a FIFA para representar Americana e o Brasil no prêmio Puskás.

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