25 de Julho de 2019
Bolsonaro também foi alvo de hackers
O
grupo hacker preso na terça-feira, 23, atacou celulares do presidente da
República, Jair Bolsonaro. A informação foi transmitida pela Polícia Federal ao
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e já foi encaminhada ao
presidente. Quatro pessoas presas sob suspeita de invasão de celular de até
1.000 autoridades estão custodiadas em Brasília.
Na
nota, o MJSP diz que, segundo a PF, "aparelhos celulares utilizados pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro, foram alvos de ataques pelo grupo de
hackers preso na última terça feira (23)". "Por questão de segurança
nacional, o fato foi devidamente comunicado ao presidente da República",
acrescenta a nota (leia na íntegra abaixo), que não informa se foi extraído
conteúdo de conversas de aparelhos do presidente.
A
Polícia Federal tem indícios de que os quatro suspeitos presos são os mesmos
que acessaram conversas trocadas pelo Telegram de altas autoridades dos Três
Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava
Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no
Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias,
buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados nesta
terça.
O
The Intercept Brasil tem divulgado desde 9 de junho mensagens trocadas entre
Moro e procuradores da Lava Jato, relativas ao período em que ele era juiz do
caso em Curitiba. O site sustenta que recebeu o conteúdo de fonte anônima. A
informação de que Walter "Vermelho" relatou ter contato com Greenwald
foi confirmada ao Estado por duas altas fontes da operação. Segundo elas, o hacker
disse conhecer o jornalista. A reportagem não conseguiu confirmar se
presencialmente ou se eles teriam tido apenas contato virtual.