29 de Outubro de 2012

SPFW Outono/ Inverno 2013

A São Paulo Fashion Week dá hoje início, em novo palco, no parque Villa-Lobos, a sua edição outono-inverno 2013. E o faz com novo ânimo, após o anúncio, na semana passada, de que a moda, agora, é oficialmente cultura.

O setor se entusiasmou com a notícia de que a programação cultural da Copa do Mundo de 2014 incluirá eventos de moda, ao lado de outras manifestações culturais, como música, literatura, gastronomia e artes plásticas.

"A moda estará nas Arenas Culturais das cidades-sede da Copa. Para isso acontecer, será nomeado um curador que terá a tarefa de pensar a participação por meio de desfiles, exposições e outras ações", escreve Marta Suplicy à Folha, falando de uma de suas primeiras providências como ministra da Cultura em relação ao universo fashion.

O projeto Arenas Culturais quer aproveitar a grande exposição mundial que o país terá durante a Copa para divulgar a produção nacional.

Assim, a moda, que desde 2010 é reconhecida oficialmente como manifestação cultural (sem que porém isso tenha se refletido em políticas públicas) entra na pauta.

"A moda tem nossa atenção: minha, que sempre a compreendi como manifestação cultural; e do Ministério da Cultura, que dá espaço para discussões e parcerias com o setor", frisa a ministra.

Marta, figura frequente nas primeiras filas de desfiles da SPFW, reuniu-se na semana passada com um grupo de representantes da moda, entre os quais estavam estilistas do evento que começa nesta segunda (29).

A lista incluía nomes como Reinaldo Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Samuel Cirnansck, além da consultora Didi Rezende, uma das responsáveis pelo processo que levou o MinC, ainda na gestão Juca Ferreira, a olhar para a moda como cultura.

"Ainda não sabemos como será a participação da moda nos eventos da Copa, mas imagino que tenhamos ações focadas no comércio conjugadas a outras focadas na imagem", afirma Rezende.

O mais provável é que a vitrine fashion na Copa seja montada segundo um viés que tem ajudado a divulgação da produção brasileira, a chamada economia criativa.

Agrupam-se sob o rótulo ideias como a das cooperativas artesanais que trabalham em conjunto com designers de talento reconhecido e o investimento em matéria-prima sustentável de qualidade.

"Temos claro que moda e economia criativa têm tudo a ver", afirma a ministra.

O caminho já fora trilhado pela pesquisa "Economia e Cultura da Moda no Brasil: Perspectivas para o Setor", desenvolvida pelo MinC e o Instituto das Indústrias Criativas e publicada em maio.

Entre as conclusões da pesquisa estava a necessidade de inserir a moda na "agenda nacional de políticas públicas de cultura". Nesse contexto, os estilistas fizeram um pedido à ministra: financiar desfiles via Lei Rouanet.


Fonte: folha.uol.com.br

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