A palavra que define Aparecida Covolan é cosmopolita. Ao longo dos vinte anos de profissão a arquiteta e designer de interiores está sempre em busca do novo, não importando se este novo está em São Paulo, Paris, Milão, Tókio, Nova Iorque ou Barcelona. ?As referências estão em todos os lugares e meus olhos estão sempre atentos para captar novas tendências, novas ideias, e adaptá-las aos meus projetos, sejam residenciais ou comerciais, tudo é referência?, afirma. Sua casa é o resultado do desejo de ter um espaço com sua personalidade: ampla como seu repertório, criativa e única como sua história, contemporânea por sua própria definição.
Amplitude é a palavra que descreve o living, seu espaço preferido, cujo pé direito altíssimo integra vários ambientes. De um lado, o jardim de inverno, de outro, a piscina e toda área de lazer que recebe nos finais de semana os filhos, noras e genro. Acima está seu escritório, onde trabalha contemplando a vista privilegiada do alto. A paixão por novidades e antiguidades convive harmoniosamente e interage de forma inusitada. Toy arts moderninhas estão ao lado de vasos de murano antigos garimpados em antiquários. Sobre o imenso tapete feito de fibras da Cannabis Sativa, uma grande mesa de madeira e vidro cheia de nichos faz as vezes de vitrine e exibe livros de arte, esculturas, anuários, livros, caixas, castiçais e miniaturas de cadeiras e poltronas de grandes designers. ?Adoro peças antigas mas também adoro o novo, o design?, afirma.
Entre as peças de design presentes em seu living, destaque para o sofá premiado da B&B
Itália ladeado pelo imenso abajour de cúpula negra da Conceito Firma Casa, a luminária
Arco do Designer italiano Achille Castiglioni na década de sessenta, a escultura de Romero Britto e os bancos metálicos amarelos comprados na Micasa que fazem as vezes de aparadores ou mesas de canto. Almofadas variadas formam um patch diferenciado que dá charme aos grandes sofás. ?A escolha de cores neutras para os móveis foi pensada para que a cor dos acessórios, objetos e detalhes se sobressaíssem, afinal, são eles que personalizam a decoração de cada casa, deixando-a com a cara dos moradores?.
Para a arquiteta a casa tem que ser humana e aconchegante. ?Tem que abraçar a gente quando nela chegamos, tem que ser o nosso ninho e refúgio mais acolhedor do mundo?, conclui.