35 anos sem Elvis

Milhares de fãs desembarcam em Memphis, no Estado do Tennessee, para, de alguma forma, prestigiar o Rei do Rock.

Por Redação Tudo UP! – RPT

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Para marcar a data, foi criada a Elvis Week, uma semana dedicada a eventos e homenagens a Elvis, que começou na última sexta-feira (10) e só termina no sábado (18), com a estimativa de reunir mais 75 mil pessoas. Entre as atrações está um concurso de sósias e um tributo ao cantor, este que será realizado em um grande estádio de Memphis, com a presença de Priscilla e Lisa Marie Presley – viúva e filha de Elvis, respectivamente.

Trajetória
Nascido em 8 de janeiro de 1935, Elvis Aaron foi o único sobrevivente de dois filhos gêmeos do casal Vernon Elvis Presley e Gladys Love Smith Presley, nascido na cidade East Tupelo no estado do Mississippi.

Na época de seu nascimento, os Estados Unidos viviam uma série de conflitos raciais, e o Mississippi era considerado o epicentro das confusões entre negros e brancos. Em 1936, um furacão devastou a cidade e pessoas de todas as raças se uniram para reconstruir a região.

Em meio à pobreza e dificuldades da vida de Elvis, seu pai foi preso quando ele tinha apenas dois anos, por estelionato. Sua família foi despejada e Gladys e Elvis foram morar com os pais de Vermon.

Desde pequeno frequentou os cultos da Assembleia de Deus, o que influenciou em sua formação musical. O resultado começou a aparecer quando Elvis tinha 10 anos e ficou em segundo lugar de um concurso de novos talentos. Aos 11 anos ganhou um violão, que se tornou seu “parceiro” durante todo o dia – inclusive enquanto estava na escola.

Em 1948, a família Presley se mudou para o Tennessee em busca de melhores condições de vida e foi lá que Elvis trabalhou como lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Tamanho esforço valeu a pena e ele conseguiu se formar em 1953, mesmo ano em que pagou US$ 4 para gravar de presente para sua mãe duas músicas: My Happiness e That’s When Your Heartaches Begin.

Sucesso
Sua carreira profissional começou em julho de 1954, ano considerado o “marco zero” do rock ‘n¿ roll, quando decidiu entrar em estúdio para gravar algumas faixas – foi nessa época que That’s All Right, Mama encantou o dono da Sun Records. Dias depois, e após algumas gravações, duas músicas de Elvis começaram a tocar nas rádios de Memphis e se tornaram sucesso imediato. Dez dias depois fez seu primeiro show na cidade.

Não demorou muito e Elvis emendou diversos programas de rádios, aparições em programas de TV e, consequentemente, veio o sucesso. Mystery Trai chegou em 11ª colocação na parada da Billboard, Baby, Let’s Play House chega ao 5º lugar e I Forgot To Remember To Forget chegou, finalmente, ao topo da parada.

Em 1956 não tinha mais jeito: Elvis Presley havia se tornado um fenômeno, com um estilo que misturava os mais diversos tipos de influência musical e suas apresentações sensuais e empolgantes, que quebravam os pré-conceitos de uma sociedade norte-americana preconceituosa e conservadora.

Elvis e Priscilla
Em 1959, enquanto servia o Exército dos Estados Unidos e uma base militar na Alemanha, conheceu Priscilla Beaulieu, filha do capitão. Na época, ela tinha 14 anos e, Elvis, 25 anos. Mantiveram um relacionamento por dois anos, quando Elvis voltou para a América, continuando em contato com a namorada por cartas e telefone, até 1962, quando ela deixou a Europa para morar na mansão do cantor.

Nesta época, Elvis se dedicava muito à carreira cinematográfica e seus filmes eram sucesso absoluto. Entre os destaques estavam Flaming Star, Follow That Dream, Fun in Acapulco e Viva Las Vegas, este último com Ann-Margret, uma sueca por quem se apaixonou. Os rumores de uma provável traição abalaram a relação com Priscilla.

Apesar das “crises”, em 1966 ele pediu a namorada em casamento, oficializando a união em maio de 1967. Nove meses depois, o casal teve uma filha, Lisa Marie, com quem Elvis mantinha um vínculo muito forte, que permaneceu até sua morte. Elvis e Priscilla se separaram em 1972, por não suportar a ausência do marido e os rumores de traição.

Auge
Em 1969, após oito anos, Elvis retornou aos palcos e manteve o ritmo de shows – e o sucesso de público e crítica – até 1977. Durante esse período, chegou ao cume de sua carreira, com mais de mil show realizados, uma performance mais madura e com muitas gravações produtivas, como Suspicious Minds e In The Ghetto.

Na década de 70 fez shows com recorde de público, lançou um documentário de sucesso, foi recebido na Casa Branca pelo então presidente Richard Nixon, voltou ao topo das paradas musicais de todo o mundo e recebeu diversos prêmios, incluindo seu segundo Grammy.

Já solteiro, em 1972, conheceu a Miss Tennessee Linda Thompson. O romance deu um ânimo à vida e carreira de Elvis – que considerava o divórcio com Priscilla o segundo maior “baque” após a morte de sua mãe. Em 1974 começou a dar sinais de cansaço e sofria com os problemas de saúde.

Apesar da vontade de diminuir o ritmo, Elvis fez turnês muito intensas em 1975 – e chegou a ser hospitalizado duas vezes. Em 1976 se separou de Linda e há duas versões para o rompimento: uma é que Elvis não teria gostado de fotos que ela fez dentro de sua mansão e vendido para uma revista; a segunda é que Linda não aguentava o ritmo frenético da vida de Elvis e seu vício em remédios de venda controlada.

Pouco depois conheceu Ginger Alden, com quem namorou até o dia de sua morte. Em 1977, mais magro (muitos apostavam que o motivo seria o novo relacionamento), Elvis realizou shows regularmente, apesar dos problemas de saúde. No dia 26 de junho daquele ano, ele fez o último show de sua carreira, em Indianápolis, antes de tirar alguns dias para descansar, enquanto preparar sua próxima turnê, que começaria no dia 18 de agosto.

A morte
Sempre trocando o dia pela noite, Elvis Presley foi ao dentista às 23h do dia 15 de agosto. Voltou realizou algumas atividades em sua mansão, antes de se deitar por volta das 4h. Na época, Ginger Alden contou que ele se levantou às 10h para ir ao banheiro e lá ficou até às 14h, quando ela o encontrou caído no chão.
Nesta quinta-feira (16) a morte de Elvis Presley completa 35 anos e a cena promete se repetir – como nas últimas três décadas: milhares de fãs desembarcam em Memphis, no Estado do Tennessee, para, de alguma forma, prestigiar o Rei do Rock.

Ela pediu ajuda, mas era tarde demais. Mesmo assim, uma ambulância foi chamada ao local, na tentativa de ressuscitá-lo. A filha Lisa, na época com nove anos, ficou em estado de choque com toda a cena e telefona para a ex-namorada de Elvis, Linda Thompson. “Ela repetia sem parar: ‘meu pai morreu, meu pai morreu!'”, contou ela em diversas entrevistas, sempre emocionada.

Às 15h30 Elvis foi declarado oficialmente morto. O motivo teria sido um colapso fulminante, dcorrente de um problema cardíaco – a necrópsia também apontou a ingestão de oito ou mais drogas (incluindo morfina). A notícia causou comoção mundial e, nos Estados Unidos, muitos transtornos, como linhas telefônicas congestionadas, estoque de flores esgotado em todo o país e caos nos aeroportos, com voos lotados vindos de todos os Estados.

Elvis não morreu
Como todo grande mito da cultura pop dos Estados Unidos – como Marilyn Monroe, James Dean e Michael Jackson -, as teorias conspiratórias caminham lado a lado com a ideia de marca que esses ícones carregam mesmo depois de sua morte. Com Elvis não foi diferente: há os que acreditam e os que garantem terem provas de que ele está mais vivo que nunca!

Alguns defendem a ideia de que ele era um agente que investigava o tráfico nos Estados Unidos e a encenação de sua morte aconteceu para que ele continuasse em segurança com uma nova identidade, depois de prender um poderoso chefe da máfia.

Outra coisa que levantou suspeitas é que a certidão de nascimento do Rei do Rock está escrito Elvis Aron Presley e em seu túmulo o nome do meio tem uma diferença: Elvis Aaron Presley.

Alguns dizem que o funeral foi feito com um boneco de cera e outros se espantam que seu seguro de vida nunca foi ativado para recebimento.

Outra teoria é que logo após sua morte, um homem que dizia se chamar John Burrows – e muito parecido com Elvis – foi visto comprando passagens para Buenos Aires. Esse seria um pseudônimo que ele usava em viagens, como em uma operação do FBI, em que ele se ofereceu para ser informante sobre o comportamento ilegal de pessoas famosas. Um site publicou, inclusive, a suposta foto de Elvis na Argentina.

Verdade ou não, fato é que muitos se recusam a aceitar a morte de seu ídolo ou preferem achar uma maneira de mantê-lo vivo. Enquanto teorias (re)aparecem, não há como negar a importância da figura de Elvis Presley – que chocou uma geração conservadora e reacionária, uniu negros e brancos e é considerado por muitos historiadores como um dos maiores nomes da chamada “última grande revolução cultural”. Teorias, fatos ou boatos, não restam dúvidas: Elvis (ainda) vive.

Fonte: musica.terra.com.br

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