Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti
não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas. A
dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito
transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya. E a consequência é uma
embolia pulmonar que pode levar à morte.
A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a
dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente
sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar
danos.
Veterinários explicam que o Aedes aegypti prefere sangue
humano, mas também ataca cães. O parasita dilofilaria immitis entra no corpo do
animal e passa a se desenvolver em seu coração, podendo atingir até 20
centímetros de comprimento. É um verme que fica em forma de novelo e o animal
infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais.
Inicialmente de uma dimensão minúscula, capaz de passar pela
tromba do mosquito, o verme se desenvolve rapidamente e, em três anos, chega a
seu auge, com 20 centímetros, momento em que passa a causar maior estrago ao
organismo. Cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar são
alguns dos sintomas.