O cantor e compositor Almir Sater abre a temporada 2012 do projeto da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana, “Café Caipira”, no dia 25 de março, a partir das 9h. A entrada é franca. O show será apresentado em um novo espaço, no terreno ao lado da Casa de Cultura Hermann Müller Carioba. O estacionamento, com apoio da Gama, poderá ser feito nas imediações da Igreja de São João Batista e no acostamento da Rua Carioba. Equipes da Prefeitura realizaram limpeza do local durante esta semana. O café vai ser servido na Casa de Cultura.
“Para celebrar o retorno em 2012 do projeto trouxemos Almir Sater”, disse o secretário de Cultura e Turismo, José Vicente De Nardo. Em 2011, foram oito shows no Café Caipira, que reuniram um público de mais de 26 mil pessoas. Segundo José Vicente haverá, no domingo, uma estrutura preparada para receber pessoas da melhor idade e portadoras de deficiências. No interior da Casa de Cultura haverá um Varal de Artes Plásticas, do projeto Fazendo Arte. “Esse espaço para o show de Almir Sater é uma experiência que estamos realizando. O local poderá se tornar um novo espaço para grandes shows?, destacou. A expectativa de público é de 8 mil pessoas. Estamos recebendo muitas ligações na secretaria de pessoas da região interessadas no show”, afirmou o secretário.
“Este é um projeto que surgiu tímido em 24 de maio de 2009 no encerramento do Fórum Municipal de Cultura”, lembrou o secretário. Neste dia, ainda com o nome de “Virada Caipira”, a dupla Guaíra e Guaíba cantou para um público de cerca de 40 pessoas na Casa de Cultura Hermann Müller Carioba. A Secretaria de Cultura anunciava na programação do Fórum: “Venha tomar um café da fazenda com moda de viola”.
Em 2 de agosto, nas comemorações dos 100 anos da Casa de Cultura, aconteceu a segunda edição do “Café”, que ainda não era um projeto sistematizado e com apelo de público. Neste dia, se apresentaram o grupo de catira da APAE e Guaíra e Guaíba. O público aumentou um pouco e chegou a 120 pessoas. O “Café” ainda não tinha periodicidade. Mas tinha seus objetivos. “Neste domingo teremos uma mesa farta novamente e com a participação especial da Orquestra Sinfônica de Americana. É o resgate da cultura caipira”, disse, na época, o secretário de cultura.
Em 2009, a Secretaria de Cultura realizou, no total, quatro edições do café caipira. No final daquele ano José Vicente anunciou que era intenção de sua pasta realizar o projeto com mais frequência, talvez uma vez por mês. “O projeto será aprimorado. Queremos sempre estar na Casa de Cultura com música e eventos”, afirmou José Vicente.
O projeto, em 2010, tomou forma e passou a acontecer sempre no último domingo de cada mês. O público, aos poucos, foi aumentando. Em fevereiro, com a Orquestra de Viola Paraíso Verde, compareceram mais de mil pessoas na Casa de Cultura. No mês seguinte, 1.200 pessoas com a Orquestra de Violeiro de Jaguary. Até que em maio, com a Orquestra de Violeiros de Pedreira, chegou a 1.500 pessoas. Este número não diminuiu mais. Em agosto, com Mazinho Quevedo, bateu o recorde: mais de 3 mil pessoas.
O sucesso do projeto levou a secretaria a lançar a ideia da formação da Orquestra de Violeiros Municipal de Americana. “Estamos felizes. Agora o projeto é de toda a Prefeitura. Assim ele ganha outras possibilidades na organização, no envolvimento do público e o ajuda a se tornar este grande evento popular que todos queremos”, afirmou José Vicente.
Almir Sater
Almir Sater é um exímio violeiro, compositor, cantor e instrumentista, nascido em Campo Grande, MS, que desde os 12 anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza. Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu, tornando-se músico. Retornou a Campo Grande, onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico.
Em 1979, já em São Paulo, iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno. Nessa época, gravou seu primeiro disco com as participações de Tetê, Alzira e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense.
Seu estilo caracterizava-se pelo experimentalismo e sua música, descrita como folk , agregava uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas. Ele juntou o folk norte-americano com influências das culturas fronteiriças do seu Estado, como a música paraguaia e andina; e o resultado é único, ao mesmo tempo refletindo traços populares e eruditos.
Com 30 anos de carreira e 10 discos solos gravados, sua trajetória musical sempre foi marcada por grandes feitos. Em 1986, juntamente com o parceiro Paulo Simões, o maestro e violinista Zé Gomes, o jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e o fotógrafo Raimundo Alves Filho, formou uma comitiva que explorou o Pantanal, realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros , da qual resultou um documentário coproduzido por Almir e Paulo Simões.
Em 1988, foi escolhido por unaminidade pela crítica para participar da abertura do Free Jazz Festival em 1989 ao lado de nomes sagrados da música mundial. Nos anos 90, Almir também ganhou dois prêmios Sharp, com as canções: “Moura” (instrumental) e “Tocando em Frente”. Também obteve grande destaque como ator nas novelas:”Pantanal”(1990), ”Ana Raio e Zé Trovão” (1991), ”O Rei do Gado” (1996) e ”Bicho do Mato” (2006).
Serviço
Café Caipira, com Almir Sater
25/3, domingo, a partir das 9h, na Casa de Cultura Hermann Müller Carioba (telefone 3462-6048), Rua Carioba, nº 2001
Entrada franca
Realização: Prefeitura de Americana ? Secretaria de Cultura e Turismo ( telefone 3408-8010)
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Americana