Valinhos e Americana estão entre as cinco cidades brasileiras que oferecem melhores condições de vida para os jovens. A constatação foi feita a partir dos resultados de uma pesquisa realizada pela ONG (Organização Não-Governamental) Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que mediu o IVJ-V (Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência), a pedido da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) – órgão ligado ao Ministério da Justiça.
O estudo analisou 283 municípios com mais de 100 mil habitantes – a partir de dados do Censo Demográfico de 2010 – e avaliou o grau de exposição à violência entre os jovens de 12 a 29 anos, a partir de taxas de homicídios e mortalidade no trânsito, índices de pobreza, desigualdade econômica, frequência escolar e acesso ao mercado de trabalho.
Oito cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) participaram da pesquisa. Valinhos foi a melhor colocada da região, ocupando o terceiro lugar entre os municípios mais seguros para a juventude. Em seguida no ranking está Americana, em quinto. Já Itatiba, com a 73ª classificação, e Campinas, no 59º lugar, são as cidades da RMC onde, segundo a pesquisa, a juventude estaria mais vulnerável à violência. Ainda no ranking, Indaiatuba aparece na 30ª posição, seguida por Hortolândia, em 32ª, Santa Bárbara d’Oeste (35ª) e Sumaré (53ª). A melhor colocada na pesquisa foi a cidade mineira de Pouso Alegre, seguida, por São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Na lanterna do ranking está o município de Euanópolis, na Bahia.
METODOLOGIA
Segundo Samira Bueno, secretária-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e responsável técnica pelo IVJ-V, o IVJ-V é medido em uma escala que varia de zero (melhor resultado possível) a um (pior resultado possível), onde a pontuação mais elevada representa maior vulnerabilidade do município. Para chegarem à metodologia capaz de mensurar o grau de exposição da juventude à violência, 15 pesquisadores ligados à ONG trabalharam durante um ano e meio na combinação dos microdados do Censo de 2010 e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) – de onde obtiveram informações sobre condições sociais, escolaridade e emprego -, e do DataSus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), usados para calcular a taxa de mortalidade juvenil em homicídios e acidentes de trânsito.
De acordo com Samira, o estudo foi concebido para servir como um guia no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a juventude nas áreas de educação, saúde, serviço social e segurança. “A partir da divulgação do índice, o trabalho feito pela nossa organização oferece às esferas municipal, estadual e federal dados sobre os quais é possível refletir sobre seus acertos e erros nos projetos que visam melhor qualidade de vida aos jovens”, ressaltou.
Fonte: http://portal.tododia.uol.com.br/