Grande evento! O UFC 156 abalou estruturas em forçou Dana White a refazer alguns planos mais imediatos na organização. Com adversários complicados, a soberania brasileira na noite em Las Vegas reverteu condições de ‘azarão’ e teve emoções intensas de sobra. Confira o que pode vir pela frente para os vencedores em destaque.
José Aldo
O manaura manteve o plano de acumular danos gradativos de forma metódica. Aplicou jabs muitos precisos e demoliu a perna esquerda de Edgar com chutes certeiros, em dinâmica de luta que beirou a perfeição.
O resultado confirmou a condição de um dos melhores peso por peso do mundo e manteve o cinturão frente a um adversário igualmente renomado, e que não se entregou facilmente. Foi a estreia de Edgar nos penas. Com alguns ajustes, facilmente vai despontar muito tempo ainda entre os cabeças.
Claro que ainda há alguns oponentes em potencial para Aldo na divisão, como o Zumbi Coreano, Cub Swanson ou Ricardo Lamas. Mas agora vem o velho papo de subir de divisão para ampliar a gama de desafios.
Nomes como Antony Pettis, Gilbert Melendez e Ben Henderson o esperariam ‘de braços abertos’. Grandes lutas.
Antonio Pezão
Considerado um dos grandes azarões da noite, o paraibano ligou o ‘beast mode’ e aplicou nocaute sonoro sobre Alistair Overeem. Foi a prova concreta de que já merece destaque entre a elite dos pesados.
A vitória sobre o postulante mais direto à chance de título – se o holandês vencesse, automaticamente se credenciaria contra o atual campeão Cain Velásquez – deixa Pezão com uma das mãos na vaga, e na revanche (Pezão estreou no Ultimate com derrota por nocaute técnico para Velásquez, na edição 146).Pelo menos nas palavras de White.
“Não vou me opor a ele enfrentar Cain novamente. Não depois do que ele fez com Overeem”, afirmou o presidente, na coletiva pós-luta.
Rogério Minotouro
Executou tática precisa baseada em contragolpes e aproveitou uma noite pouco inspirada de Rashad Evans para agarrar a vitória nos pontos. O brasileiro caça insistentemente a regularidade na organização, e muitas vezes deixou de faturar vitórias justamente por ser superado no quesito estratégia. Desta vez, lavou a alma e bateu um oponente que estava cotado para descer de peso e encarar Anderson Silva caso vencesse.
Pela concorrência direta entre os nomes no topo dos meio-pesados (Jon Jones é o atual campeão), ainda é difícil colocar Minotouro entre os tops. Aos 36 anos, o próprio lutador reconhece as limitações, mas também disse que adora se manter competitivo. Quem sabe?
Demian Maia
Fez o que foi preciso para acabar com a amarração tradicional de John Fitch. Grudou como uma ventosa nas costas do norte-americano durante três assaltos e o forçou a adotar a defensiva praticamente o tempo todo da luta.
A tática ‘feia’ do paulista neutralizou Fitch, fato até então só conseguido pelo supercampeão da categoria, Georges St.Pierre. Aliás, baixar dos médios para meio-médio tem sido um ‘oásis de motivação’ para Demian, que adotou uma postura de volta às raízes, com jiu-jitsu de primeira estirpe, e já computa três vitórias convincentes na divisão. O próximo combate (Johnny Hendricks, Jake Ellenberger ou o vencedor de Carlos Condit contra Rory MacDonald) será essencial para a chance de título em breve.
Fonte: http://br.esporteinterativo.yahoo.com
