Todos os corintianos imaginavam uma final com a cara do Corinthians, com muito sofrimento, suor e lágrimas. Mas nem foi preciso tanto esforço no Pacaembu para levantar o troféu de campeão da Libertadores pela primeira vez na história. Mesmo com um ritmo menos frenético, a equipe paulista conseguiu sua vitória mais tranquila da reta final do torneio.
O triunfo por 2 a 0 sobre o Boca Juniors no Pacaembu foi conquistado sem muitos sustos ou calafrios e representou o confronto mais fácil do mata-mata desde as quartas de final. Nem a marcação, ponto forte da equipe de Tite em toda a competição, se destacou.
De acordo com o Datafolha, o Corinthians conseguiu menos desarmes contra os xeneizes do que no restante da competição. Foram 129 contra uma média de 139. O número de passes errados chegou a 68, sete a mais que a média alvinegra na Libertadores.
A troca de passes também deixou a desejar. Os jogadores conseguiram trocar a bola 209 vezes, um número bem abaixo das 234 trocas em média ao longo do torneio.
E, mesmo balançando mais as redes mais que a média de 1,54 gol por partida, os atacantes trabalharam menos. Foram apenas oito finalizações para que Emerson Sheik se tornasse o herói da decisão com dois gols. No decorrer da campanha, o Corinthians deu em média 14 chutes a gol por partida.
O Corinthians também não encontrou um adversário à altura no segundo jogo da final. O Boca cometeu muitos erros, como um grosseiro de Schiavi no segundo gol de Sheik, e viu sua estrela Riquelme totalmente apagada. No primeiro jogo, o time argentino havia imposto mais dificuldades e o Corinthians só não saiu derrotado de La Bombonera porque Romarinho estava em noite inspirada.
Os dois duelos contra Vasco e Santos também ameaçaram mais o título inédito que a decisão propriamente dita. Nas quartas de final, não faltou emoção para o torcedor. Depois do polêmico empate por 0 a 0 no Rio de Janeiro por um impedimento de Alecsandro que nem o tira-teima decifrou, um gol que Diego Souza perdeu na cara de Cassio e a estrela de Paulinho aos 42 minutos do segundo tempo garantiram a classificação no Pacaembu.
Contra o Santos, o nervosismo ficou para o segundo jogo após o triunfo por 1 a 0 na Vila Belmiro. O gol de Neymar deixou os corintianos preocupados, mas lá estava Danilo para empatar com toda a sua frieza e colocar o Timão na final pela primeira vez em sua história.
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