Na noite desta quinta-feira (27), no Cine Odeon, na Cinelândia, aconteceu a cerimônia de abertura do Festival do Rio 2012, que vai até 11 de outubro e conta com exibições em cinemas, arenas e em praças da cidade. A atriz Regina Duarte foi quem saudou o público, dizendo estar honrada em dar início a um evento de tamanha importância.
“É uma honra estar aqui apresentando a 14a edição do Festival do Rio. São 15 dias em que o Rio respira e transpira cinema em salas como essa, nas arenas culturais, na rua, na praia. São 427 filmes de mais de 60 países espalhados pela cidade em mostras diversas. A maior seleção da história do Festival do Rio. Clássicos, inéditos, animação, documentário, curta-metragem. Tem programa pra todo tipo de apaixonado por cinema. Festa para quem vê e para quem faz cinema,” saudou a atriz que, nesse ano, completa 50 anos de carreira.
Em seguida, falou Sérgio Sá Leitão, o diretor da Rio Filmes, que comemora 20 anos de fundação sendo a principal patrocinadora do festival. “Bem vindos ao maior festival de cinema da América Latina no Rio de Janeiro. Em 2012, a Rio Filmes vive o seu melhor momento com investimento de 86 milhões de reais no audiovisual carioca. Pra Rio Filmes é uma honra, um dever patrocinar um evento como um evento como o Festival do Rio que ajuda muito a estabelecer o Rio de Janeiro como principal pólo de cinema do Brasil,” disse parabenizando as organizadoras do evento, Hilda Santiago e Valquíria Barbosa.
Diretoras do Festival, as produtoras Hilda Santiago e Valquíria Barbosa subiram também ao palco. “Nós estamos muito felizes com a possibilidade desse ano fazer um festival maior, de retomar a atividade como Cinema na Praia, que foi uma coisa que a gente criou e que está de volta com força total nas areias da praia de Copacabana. Quero aproveitar essa noite para dizer que o nosso país, a quinta maior economia do mundo, precisa e deve proteger a sua propriedade intelectual, o grande bem do nosso ofício. É muito importante que todos prestem a atenção sobre a importância de combater a pirataria. O cinema brasileiro nunca esteve tão pujante como está agora e que nós podemos ser muito mais sempre que a gente entender que essa é uma indústria muito importante”, lembrou Valquíria Barbosa.
“O nosso desafio tecnológico esse ano é o maior de todos. A gente tem um grande prazer de estar melhorando e aperfeiçoando o nosso potencial de projetar e de oferecer um serviço de qualidade para o público, mostrando que vale a pena sair de casa, pagar o ingresso, ir ao cinema”, ressaltou Hilda Santiago, que agradeceu todos os apoiadores, convidados ilustres e equipe organizadora, orgulhando-se de trazer, nesta edição, 74 filmes brasileiros.
O secretário municipal de cultura, Emílio Kalil, agradeceu a presença de todos em nome do prefeito Eduardo Paes, que não pode estar presente em função das normas da eleição municipal, em que ele é candidato. “Eu nunca vi pessoas brigarem tanto para uma coisa dar certo e acaba dando muito certo”, elogiou, se referindo às diretoras do festival. “O maior prazer do mundo que elas me dão é levar parte da programação do Festival do Rio às arenas cariocas. Nós vamos mostrar um pouco do Festival na Pavuna, na Penha e no Méier, bairros do subúrbio do Rio de Janeiro. É isso que faz o Rio ser um só, sem separação em feudos ou regiões”, destacou, sendo bastante aplaudido pelos presentes.
A ministra da cultura, Marta Suplicy, destacou a importância do audiovisual na expressão da cultura nacional. “É enorme estar aqui para abrir este que é um dos cinco maiores festivais de cinema do mundo. Hoje estamos recebendo pessoas do mundo inteiro que vêm desfrutar a nossa cultura, conhece-la e fazer negócios. A parceria entre os poderes públicos e privados é o que nós desejamos. A aprovação do sistema nacional de cultura, pelo congresso brasileiro, faz com que o governo federal compartilhe a responsabilidade pelo responsabilidade do desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil. Viva o Festival do Rio”, saudou.
Em seguida, as produtoras do filme “Gonzaga – de Pai Para Filho”, Márcia Braga e Eliana Soárez, chamaram todos os envolvidos no processo de realização da obra, agradecendo os patrocinadores e apoiadores, além dos responsáveis pelo Festival do Rio. “Um agradecimento ao Breno, sempre firme, forte, parceiro ideal principalmente nos momentos difíceis pelos quais passamos no processo de realização desse filme”, disse Márcia Braga.
Breno Silveira, diretor do filme, disse estar muito nervoso. “Eu acho que nunca tive uma plateia como essa para mostrar um filme que saiu da gente. Eu estou trazendo de novo uma história brasileira. Eu amo esse país, eu amo a nossa terra. Essa história tem a nossa cara, ela tem o Brasil na veia. Eu acho que a gente vai gostar de se ver e espero que vocês gostem”, disse o diretor, também responsável pelo filme “Dois Filhos de Francisco”.
Fonte: cinema.uol.com.br
