Eram meados da semana passada, e uma proposta do Manchester United de 36 milhões de euros (R$ 89 milhões) por Lucas tinha sido aceita. Um advogado já estava em Manchester para acertar detalhes da negociação que levaria Lucas ao clube inglês.
Mas, ao saber do interesse milionário do PSG, um representante do jogador ligou para o advogado e pediu para que o negócio fosse abortado. Feito isso, todos partiram para Paris ouvir o projeto do clube para o meia-atacante e, principalmente, qual era o valor da oferta francesa.
Irrecusável. 43,3 milhões de euros (R$ 108,3 milhões) e uma equipe formada para ser campeã da Copa dos Campeões. O final de semana serviu para acertar detalhes. Lucas, que tinha direito por contrato a 30% dos negócio, abriu mão de 5% para o São Paulo.
A divisão da bolada ficou assim: R$ 81 milhões para o São Paulo e R$ 27 milhões para Lucas –o agente do atleta, Wagner Ribeiro, ainda teve direito a 10% da transação, pouco mais de R$ 10 milhões.
As maiores negociações do futebol brasileiro
Trata-se da maior transação da história do futebol brasileiro. A segunda maior também foi comandada por Wagner Ribeiro, quando ele ainda agenciava a carreira de Robinho, que foi vendido pelo Santos para o Real Madrid.
A terceira maior aconteceu também nesta janela de transferências. Foi a negociação de Oscar, do Internacional, para o Chelsea, por 25 milhões de euros (R$ 62,3 milhões). Pelos termos do negócio, Lucas ainda jogará pelo São Paulo até o fim deste ano.
O dinheiro do negócio, porém, já começa a entrar na conta do clube antes de sua ida para a França, em dezembro. Além da questão financeira, pesou também para que Lucas optasse pelo PSG o projeto do clube, que agora nada em dinheiro de um investidor do Qatar.
Leonardo, diretor esportivo do PSG, será uma espécie de tutor do jogador, que completa 20 anos no dia 13. A presença do ex-lateral do São Paulo foi um dos fatores que fez o estafe que cuida da carreira do garoto preferir o PSG ao Manchester United, segundo apurou a Folha.
Outro ponto colocado em pauta na hora da decisão foi exemplo do ex-gremista Anderson, que se transferiu para o Manchester United. A análise passada aos familiares de Lucas é que prevalece na Inglaterra o futebol de força, o que seria prejudicial a ele nos primeiros anos. Anderson até hoje é coadjuvante dentro do United.
O caso de Ronaldinho também foi discutido. Ele estourou no Barcelona após passar dois anos “escondido” no PSG. Agora, porém, com investimento, os franceses estão mais em evidência do que quando o meia esteve por lá.
E o projeto apresentado ao Lucas é de tornar o PSG uma potência europeia, visando o título da Copa dos Campeões.
Fonte: Folha