O menino que ficou trancado e amarrado em um barril
em Campinas (SP) durante quase um mês foi para o local porque “pegou
comida que não era autorizado”. A informação foi confirmada pela
investigação, que apura o caso de tortura no interior paulista. Em depoimento à
Delegacia de Defesa da Mulher, o garoto de 11 anos relatou que estava havia
cerca de um mês dentro do tonel, amarrado com correntes e cadeado, porque pegou
comida sem autorização dos pais. Isso teria acontecido no final do ano passado.
A Polícia Civil ouviu também vizinhos que informaram
que desde alguns dias antes do Réveillon não tinham contato com o menino, que
sempre brincava na rua e era um garoto ativo. O relato coincide com o que a
criança disse à equipe médica de que tinha visto a passagem de ano dentro do
barril.
A
investigação também aponta que o garoto não estava matriculado em nenhuma
unidade escolar municipal ou estadual em Campinas no ano de 2020, o que motivou
o Ministério Público a pedir o indiciamento do pai por abandono intelectual. Apesar
de tudo que passou, o menino demonstra preocupação com o pai. Ele segue
aguardando definição da Vara da Infância e Juventude sobre seu futuro.