Funcionários da metalúrgica Dedini S/A realizam um protesto na manhã desta segunda-feira (20) e fecham uma das faixas da Rodovia Fausto Santomauro (SP-127). A manifestação começou por volta das 6h e causou congestionamento de 2 quilômetros no sentido Rio Claro-Piracicaba, na altura do km 26. Os trabalhadores pretendem ir a pé até a Prefeitura para pedir “apoio político” à administração municipal. O ato é acompanhado pelas polícias Militar e Rodoviária.
A partir das 9h30, os funcionários da empresa iniciaram uma passeata que passa por várias avenidas de Piracicaba. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Semutran) acompanha o ato para realizar os bloqueios necessários. Os trabalhadores afirmam que vão andar até a Prefeitura para pedir “apoio político” à administração municipal.
De acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Piracicaba, cerca de 500 funcionários participam do ato e reivindicam o salário atrasado do mês de junho, além do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das férias.
O diretor do sindicato, Carlos Ribeiro, afirmou que, na última quarta-feira (15), a empresa já demitiu 700 pessoas, sendo 450 na planta de Piracicaba (SP) e outras 250 em Sertãozinho (SP). A manifestação conta com trabalhadores das quatro áreas da empresa (administrativo, mecânica, fundição, caldeiraria).
Ribeiro ainda afirmou que pelo menos 180 funcionários que foram demitidos em 2014 estão sem receber o valor da rescisão há seis meses. “O acordo é que eles recebam em 29 vezes o valor da rescisão, mas os 180 funcionários estão há todo esse tempo sem receber nada”, disse o diretor.
Dívidas
Segundo o sindicato, a empresa, que é líder na fabricação de usinas, enfrenta problemas com dívidas desde dezembro de 2013, quando cerca de 2 mil trabalhadores cruzaram os braços por 24h diante do atraso nos salários. Em setembro, os funcionários também entraram em greve pela falta de pagamento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Por conta da crise, a Dedini colocou em leilão dois barracões, com valor estimado em R$ 24,65 milhões e R$ 178,5 milhões. Em duas tentativas, não houve lances para os prédios. O dinheiro das vendas serviria para quitar dívidas da empresa com a Fazenda Nacional, segundo a instituição.
Via g1.globo.com