Três semanas após a estreia da quinta temporada do “Ídolos”, da Record, e sete anos depois do último “Fama”, a Globo retoma o formato “show de calouros” – que segue firme e forte no “Programa Raul Gil”, do SBT – com o “The Voice Brasil”.
“Pesquiso formatos o tempo todo. O ‘The Voice’ foi um sucesso no [canal norte-americano] NBC, e isso chamou a minha atenção”, conta o diretor de núcleo J.B. Oliveira, o Boninho. Segundo ele, a premissa do novo programa, que estreia domingo, difere da que orienta outros concursos musicais, como “Fama” e “Ídolos”. “O ‘Fama’ tentava criar um artista; o ‘The Voice’ simplesmente dá luz a um artista pronto. Uma ajuda chique e fundamental.”
Nas audições, que passaram por Porto Alegre, São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Natal, Salvador e Brasília, cantores que já tiveram sucesso também tentaram voltar aos holofotes. Foi o caso de Luka, famosa no início dos anos 2000 com a música “Tô Nem Aí”. “Ela veio por uma indicação e adoramos a ideia. Essa é a proposta: artistas prontos. Pena que ela desistiu na última hora, mas tem gente conhecida, sim”, diz Boninho.
Na atração, quatro jurados vão escolher os candidatos ouvindo apenas suas vozes. Os selecionados serão divididos em quatro times, receberão treinamento e depois competirão pelo voto do telespectador.
MESTRE DE CERIMÔNIAS
O jornalista esportivo Tiago Leifert vai comandar semanalmente o programa. “Ele tem uma pegada jovem, trafega bem nas mídias sociais”, destaca Boninho.
Caberá à atriz Danielle Suzuki mostrar flashes diários e bastidores do reality. No grupo de jurados – que nos EUA conta com a cantora Christina Aguilera e com Adam Levine, do Maroon 5 -, aparecem os músicos Carlinhos Brown, Daniel, Claudia Leitte e Lulu Santos. “Fizemos uma escolha eclética, com gente acostumada ao sucesso. Juntos, eles já venderam mais de 25 milhões de discos.”
Sobre o sucesso comercial do vencedor fora do programa, calcanhar de aquiles de todo reality musical, Boninho afirma que essa parte já não é responsabilidade da Globo. “Isso cabe à Universal, dona do contrato dos artistas.” Além de um contrato para gravar um álbum, o campeão do “The Voice” também levará R$ 500 mil.