A Orquestra Sinfônica Municipal de Americana abre a temporada 2013 com homenagens a Wagner, Verdi e Beethoven neste domingo (24/02), no Cijop, às 10 horas. O concerto será reapresentado no dia 26 de fevereiro, na Igreja de São Jorge, em Nova Odessa. O regente é o maestro Álvaro Peterlevitz.
A Sinfônica de Americana é formada por instrumentistas profissionais e foi uma das primeiras instituições do gênero a surgir em uma cidade do interior. Fundada na década 80, tem dedicado seu trabalho à formação de público, tendo como estratégia a difusão da música em suas várias tendências e estéticas, através de programas como Concertos Clássicos, Óperas, Encontro com a Sinfônica, Concertos Comunitários, entre outros, sempre apresentando obras de conhecidos compositores populares e eruditos.
“O trabalho desenvolvido pela Orquestra Sinfônica Municipal de Americana vem a cada ano ganhando adesão do público, que juntamente com ela participa, prestigiando com entusiasmo e respeito, as diversas apresentações realizadas, não importando o seu estilo. Permitindo que se cumpra de forma plena e bem sucedida uma de suas mais importantes funções: a formação de plateia”, disse o secretário de Cultura e Turismo de Americana, José Vicente De Nardo.
“Comemoramos este ano o bicentenário dos grandes Wagner e Verdi, expoentes da ópera no século XIX. Merece uma menção especial a peça de Wagner, “Idílio de Siegfried”, executada pela primeira vez em Americana. Em contraste com as orquestrações gigantes típicas desse compositor, esta foi feita para um grupo menor. O propósito era uma homenagem particular à sua esposa, Cosima Wagner”, afirmou a coordenadora da Escola de Música, Thais Rillo.
Álvaro Peterlevitz formou-se em composição e regência pela UNICAMP, onde estudou com Damiano Cozzella e Henrique Gregori. Atualmente exerce a função de diretor artístico e regente da Orquestra de Americana. É autor das seguintes obras: “Sexteto” (1991), para flauta, clarineta, vibrafone, piano, violino e violoncelo; “Capricho” (1992), para piano e sintetizador e “Pater noster” (1998), para coro, entre outras obras. Como instrumentista, participou de estreias mundiais e nacionais de obras próprias e de outros compositores da nova música erudita brasileira, a exemplo de “Ficiones” (1998), de Fábio Gorodski, para violino e sons eletroacústicos. Foi violinista “spalla” da Orquestra Armonico Tributo, de Campinas, dirigida por Edmundo Hora, e da Camerata Novo Horizonte, de São Paulo, regida por Graham Griffiths.
Programa
Giuseppe Verdi (1813-1901)
– Prelúdio da ópera “La Traviata” (1853)
“La Traviata”, de Verdi é uma das óperas mais belas e teatralmente concebidas do repertório A história se passa em Paris por volta de 1850. O jovem Alfredo Germont se apaixona pela cortesã Violetta Valéry. Os dois passam a viver juntos numa casa de campo, mas o pai dele, Giorgio, tem com ela uma conversa a sós, em que expõe o seguinte dilema: a irmã de Alfredo está noiva, mas a família do rapaz não permitirá o casamento se a cortesã fizer parte da família. Violetta, sem que Alfredo saiba qual a sua verdadeira motivação, termina o relacionamento e volta para sua vida devassa. Alfredo chega a destratá-la durante uma recepção. Mas eis que a Dama das Camélias está tuberculosa, arruinada e vai morrer.
Ela morre como toda a heroína que se preste no romantismo nos braços de Alfredo, que a procura em companhia do pai para pedir-lhe perdão.
Richard Wagner (1813-1883)
– “Idílio de Siegfried”, WWV 103 (1870)
Os planos de sinfonia de Wagner tornaram-se mais uma vez atuais no final dos anos 70. A idéia era escrever sinfonias de um movimento, com caráter mais lírico que dramático, sem grandes contrastes, distantes da tradição de Beethoven. Apesar de esses planos não terem sido realizados, como os anteriores, o Idílio de Siegfried, composto para Cosima no final de 1870, corresponde exatamente a essa idéia. A obra é num só movimento, seguindo a forma da sonata, com algumas modificações, evita os contrapontos característicos.
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia no. 1, Op. 21 (1800)
I Adagio molto – Allegro con brio
II Andante cantabile con moto
III Menuetto. Allegro molto e vivace
IV Finale. Adagio – Allegro molto e vivace
Em sua primeira sinfonia mostra-se o distanciamento refletido de Beethoven em relação ao gênero. No entanto até hoje está vigente o preconceito de que, em suas duas primeiras sinfonias, trata-se de obras de juventude, leves e imaturas. Pode ser comparada com as asperezas de Eroica, as proporções claras, otimismo e o frescor da primeira sinfonia ainda têm um efeito contido demais, despreocupado demais. Contudo, Beethoven encontrou sua linguagem própria e sua fisionomia inconfundível e sobretudo o novo tom veemente, sua postura agitadora, cadência enfática e independência musical.
Próximos Concertos
26 Março – 20h – Igreja Batista Memorial
30 Abril – 20h – Igreja São Benedito
28 – Maio – 20h – Igreja Presbiteriana Central
25 Junho – 20h – Matriz de Santo Antonio
30 Julho – 20h – 1ª Igreja Batista
Orquestra Sinfônica de Americana
Regência, Álvaro Peterlevitz
24 fevereiro – 10 horas
Cijop – Rua Peru 412 – Frezzarin
26 fevereiro – 20 horas
Igreja de São Jorge – Rua Salvador, nº 339 – B. São Jorge – Nova Odessa
Contato com Thais (9708-9878)
Fonte: Unidade de Imprensa de Americana